Infelizmente, a maneira como somos criados muitas vezes impacta negativamente nossa autoestima.
Desde a infância, somos bombardeados com críticas e repreensões.
Estudos indicam que, até os oito anos de idade, uma criança recebe cerca de cem mil "nãos".
Constantemente ouvimos "não faça isso" ou "não faça aquilo".
Isso é um reflexo da cultura que prioriza a correção em vez do incentivo.
Experimentos mostram que crianças de quatro anos, quando equipadas com micro gravadores para registrar tudo o que ouvem em um dia, recebem, em média, nove repreensões para cada elogio.
Esse desequilíbrio afeta profundamente a autoestima à medida que a criança cresce, levando a lesões emocionais que podem durar toda a vida.
Como resultado, muitas pessoas desenvolvem mecanismos de defesa, criando uma espécie de carapaça emocional para se protegerem do julgamento alheio.
Um discípulo de Sigmund Freud já afirmava que toda compensação gera deformação.
Assim, ao tentar proteger sua autoestima, o indivíduo pode acabar deformando sua própria personalidade.
Manter a autoestima saudável é, portanto, um desafio essencial.
Um ponto de partida crucial para desenvolver uma autoestima mais robusta é compreender a importância da autoaceitação, um princípio presente em todas as filosofias e religiões do mundo.
A aceitação de si mesmo é um paradoxo: só conseguimos mudar verdadeiramente quando aceitamos quem somos no presente.
Pense nisso como um exercício mental: tente não pensar na cor azul.
Mesmo assim, a cor azul persiste em sua mente.
Da mesma forma, somos moldados pelo que resistimos a aceitar.
O verdadeiro caminho para a transformação começa com a aceitação.
Para aceitar a si mesmo e melhorar sua autoestima, é essencial aprender a trabalhar com seu subconsciente.
Acredita-se que 99% do nosso poder reside em nosso inconsciente, cuja porta de entrada é o hemisfério direito do cérebro.
No entanto, a educação ocidental tende a focar no hemisfério esquerdo, dedicado à lógica e análise.
Por isso, precisamos desenvolver o hemisfério direito, responsável pela criatividade, intuição e emoção.
Esse hemisfério nos conecta ao nosso inconsciente pessoal, que se une ao inconsciente familiar e, finalmente, ao inconsciente coletivo.
Para acessar e trabalhar com esses níveis profundos do nosso ser, é vital treinar o cérebro direito.
Ele é o canal para acessar e decodificar a linguagem da autoestima, ajudando-nos a reconfigurar as mensagens negativas que internalizamos ao longo da vida.
Portanto, cultivar a autoaceitação e nutrir o hemisfério direito são passos fundamentais para transformar nossa relação com nós mesmos.
Somente ao nos aceitarmos plenamente podemos começar a verdadeira jornada de autodescoberta e evolução pessoal.